terça-feira, 24 de março de 2009

Roy Lichtenstein


"Devo à banda desenhada os elementos do meu estilo, mas não os temas."

Os meios pictóricos e os conteúdos da banda desenhada comercial resultam da sua função, que visa generalizar e trivializar as emoções, os actos, os seres humanos e as coisas, de maneira a fazê-las corresponder a uma concepção popular.
Nesta forma de representação, a linguagem em imagens e os caracteres tipográficos, a repartição do texto e da imagem em planos sucessivos, têm algo da insistência da linguagem publicitária, por exemplo, na indústria de embalagens ou no cartaz publicitário. Os mecanismos para "pôr em imagem" ajudaram Lichtenstein a transformar ambientes calculados, pré-formulados, para exprimir o impacto da realidade. É assim que ele segue de perto imagens estereotipadas da realidade, tal como lhe são apresentadas pela sua época, conservando uma distância artística em relação às coisas e a si mesmo!
Tendo como principais pontos de partida, os quadros de Cézanne, Fernand Léger, Claude Monet, Piet Mondrian e Picasso, este artista, que integrou a Pop Art com uma personalidade e atitude tão peculiares, tornou-se numa grande referência a par com nomes como Andy Warhold, Jasper Johns, Robert Rauschenberg, entre muitos outros.

"A pop art serve-se dos objectos vulgares do mundo do consumo, e esse material parece, em geral, estar despojado de qualquer forma de `sensibilidade´... É esse tipo de anti-sensibilidade e de forma conceptual da obra que me interessa e que constitui a minha principal matéria."

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