domingo, 29 de março de 2009

Multimédia | Motion

O que seria de nós, hoje em dia, se a multimédia não tivesse entrado de forma arrebatadora nas nossas vidas? Este é um facto com o qual já nos habituámos a conviver!
Depois de uma aula de multimédia, dada na sexta-feira passada, e dos vários trabalhos que os alunos apresentaram sobre "O que é a Multimédia?" ficou mais explícito este fenómeno que veio mudar o Mundo no sentido literal da palavra.

Um sistema multimédia é obtido com recurso a hardware e software que viabiliza a integração de elementos de texto, dados, gráficos, animação, música, imagens, voz e video obtidos independentemente de várias fontes e “montados” num único interface de utilizador ou apresentação. A multimédia hoje em dia é utilizada em várias situações, como por exemplo em medecina (alguns exames médicos são efectuados através de sistemas de multimédia), jogos de computador, páginas e apresentações na internet, entre outras. A sua utilização permitiu um avanço tecnológico enorme e uma rapidez e eficiência até então inatingíveis.
Estes são alguns exemplos de websites e motion criados por grandes nomes do mundo da Multimédia! Deliciem-se!

http://www.groove.pt/
http://www.fakepilot.com/
http://theronin.co.uk/Motion/



sábado, 28 de março de 2009

Peter Behrens, "O Pai do Design" 1868::1940


Entre 1886 e 1889, Peter Behrens estudou na Kunstgewerbeschule em Hamburgo , na Kuntschule em Karlsruhe e na Dusseldorfer Akademie. Desde 1890 trabalhou como pintor e designer gráfico em Munique, onde foi influenciado pelo Jugendstile. Durante este período produziu gravuras coloridas, ilustrações e encadernações no estilo jugendstile e em 1893 tornou-se membro fundador da Munchner Sezession (Secessão de Munique), um grupo progressista de artesãos expositores. Em 1896 Behrens viajou até Itália e um ano ais tarde juntou-se a Herman Obrist, August Endell, Bruno Paul, Richard Riemerschmid e Bernhard Pankok para monta a Vereinigte Werkstatten fur Kunst im Handwerk (oficinas unidas) em Munique, para a produção de objectos de uso quotidiano. Em 1898 Behrens trabalhou no jornal Pan e desenhou as primeiras peças de mobiliário, que foram expostas na Glapalast em Munique no ano seguinte.
De 1899 a 1903 foi membro activo da Darmstadter Kunstlerkolonie (Colónia de artistas de Darmstadt), que tinha sido iniciada pelo Grão-Duque Ernst-Ludwig. Nesta mesma cidade desenhou o seu primeiro edifício, a Behrens Haus. Esta casa marcou um importante ponto de partida para afastamento de Behrens do Jugendstil e uma aproximação mais racional ao design. O sentido comercial da "Arte Industrial" levou o fundador da AEG -Emil Rathenau- a nomear Peter Behrens director artístico da empresa em 1907. Foi a primeira vez que uma empresa empregou um designer para aconselhar sobre todos os aspectos do design. Nesta função Behrens desenhou casas e fábricas para os trabalhadores, incluindo a Fábrica de Turbinas da AEG de betão, aço e vidro que, sendo uma das primeiras manifestações da arquitectura industrial modern, foi enormemente influente. Para além da arquitectura o designer também criou produtos eléctricos, como por exemplo chaleiras, ventoinhas e relógios que incorporavam na sua construção componentes estandardizados que eram intermutáveis entre produtos, de forma a racionalizar os métodos de produção. Behrens era também responsável pelo grafismo usado pela empresa e criou uma forte e muito unificada identidade corporativa para ela.
Pouco depois da sua nomeação para a AEG, Behrens, em conjunto com Bruckman, Josef Maria Olbrich , Frich Schumacker , Richard Riemerchmid e Hermn Muthesius , fundou a Deutscher Werkbund em Outubro de 1907. A Deutscher Werkbund inspirava-se no movimento Arts and Crafts em Inglaterra e tentou reviver o estatuto do artesanato e a sua aplicação à produção industrial. Como pioneiros do Movimento Moderno, os membros da Deutscher Werkbund perceberam que a estandardização e a visão racionalista do design, que isto exigia, tinham que ser adoptadas se se pretendia que os bens produzidos industrialmente atingissem a qualidade dos produtos feto à mão.


Todos estes passos dados por Peter Behrens, encaminharam o DESIGN para o topo e permitiram o seu crescimento, desenvolvimento e reconhecimento no MUNDO.





Bauhaus, a escola de design mais importante do século XX

Em 1919, após a 1ª grande guerra, surgiu na Alemanha, em Weimar a Bauhaus, uma escola de artes que propunha a integração entre as artes aplicadas e belas-artes, prezando pela renovação destes conceitos e principalmente pela valorização do design industrial.
A Bauhaus contribuiu de forma significativa para a definição do papel do designer, valorizando a expressão pessoal do artista na concepção do produto.
Foi fundada por Walter Gropius (arquitecto alemão), onde lançou um projecto pedagógico inovador que consistia na realização de trabalhos de equipa e na interacção entre a teoria e a prática. A Bauhaus exerceu um papel muito importante de vanguarda na formação de novos artistas, na renovação da pesquisa plástica e na modernização do desenho industrial. A escola, desenvolveu as artes plásticas, as artes decorativas, a música, o teatro e a arquitectura.
O periodo mais importante de maior desenvolvimento do design e que contribuiu fortemente para o mundo do design actual, foi durante o periodo de Dessau que foi dirigido por Hannes Meyer-entre 1924 e 1930-em que a Bauhaus criou critérios mais racionalistas e funcionais, defendendo a tecnologia da época e a normalização do desenho industrial, pretendendo uma intervenção mais directa na sociedade, através da sua colaboração com a industria, cujos produtos resultaram e distinguiram-se pela qualidade, modernidade dos materiais e pela relação forma/ função.

Depois de Hannes Meyer sucedeu Ludwing Mies Van der Rohe como director-entre 1886 a 1969- periodo em que a escola funcionou em Berlim. Hannes Meyer arquitecto, produziu uma arquitectura racionalista e estruturalista, assente em soluções técnicas avançadas, com base no esqueleto em aço e em materiais modernos. Entre as suas obras mais importantes, estão o Pavilhão alemão para a exposição Universal de 1929, em Barcelona e o Bairro habitacional de Weissenhoff, na Alemanha de 1927. A Bauhaus, não pretendeu apenas exercer o papel de uma "arte integradora de outras artes", ela visou também formar integralmente seres humanos,estimulando a reflexão critica, em que actuassem conscientemente na sociedade e assim se distiguissem através da sua arte provocando uma transformação social.

A Bauhaus teve o seu encerramento em 1933, pelos nazis devido á pressão politica vivida na época. O reconhecimento desta escola, como grande contributo do mundo das artes, levou os órgãos da Unesco a atribuirem em 1996, as escolas da Bauhaus (Weimer e Dessau) o estatuto de Património Mundial.

Revolução Industrial

Por meados do final do séc. XVIII e princípios do séc. XIX deu-se a grande "explosão" da Revolução Industrial. As mudanças que transformaram o mundo dependente basicamente do comércio e da agricultura, numa sociedade industrial e moderna pelo recurso á maquinaria, novas técnicas de construção e a procura de novos materiais, descrevem claramente o termo "explosão" devido ao sentimento que se instala nesta altura. Conhecida como Revolução Industrial, teve várias etapas de crescimento. Os Franceses ao visitarem a Grã-bretanha com o objectivo de se inteirarem das inovações Britânicas nos finais do século XVIII adoptaram o termo "Revolução Industrial" em paralelismo com a revolução politica que recentemente ocorrera no seu próprio país. O termo descreve um avanço decisivo na forma de utilizar a tecnologia, á qual se reflectiu e registou-se num aumento significativo das taxas de crescimento económico e de gestão empresarial.

Taylorismo

No período feudal, o modo de produção estruturava-se em colectividade, não havia mobilidade social e o espaço de trabalho era colectivo onde todos iniciavam e terminavam os seus trabalhos participando em todo o processo de confecção da produção. Nesta época o aprendizado frequentava as oficinas onde o mestre ensinava ao aprendiz o ofício. Com o passar do tempo este modo foi sofrendo modificações. Inicialmente as fábricas ainda tinham a mesma estrutura do feudalismo, porém aos poucos o homem deixa de ter ligação com o trabalho e surge a figura do chefe. Este usa ferramentas para obter lucro (trabalho humano e a máquina). A produção em série faz com que o homem perca a intimidade com o trabalho, a sua responsabilidade ficafragmentada, porém oferece ao capitalista maior eficiência na possibilidade de ampliar o lucro. Segundo alguns críticos, o Taylorismo é um modelo de produção que vem consolidar o processo capitalista onde o trabalhador perde aautonomia e a criatividade, acentuando assim a dimensão negativa do trabalho. Recebe esse nome por ser um método de planeamento e de controle dos tempos e movimentos no trabalho, com as seguintes características:1) padronização e produção em série como condição para a redução de custos e elevaçãode lucros.2) trabalho de forma intensa, padronizado e fragmentado, na linha de produçãoproporcionando ganhos de produtividade.O método de administração científica de FrederickW. Taylor (1856-1915), tem como objectivo aumentar a produtividade do trabalho. Para ele o grande problema das técnicas administrativas existentes consistia no desconhecimento, da parte da gerência, bem como pelos trabalhadores, dos métodos optimizados de trabalho. A busca destes métodos seria realizada pela gerência, atravésde experimentações sistemáticas de tempos e movimentos.Uma vez descobertos, os métodos seriam repassados aos trabalhadores que se transformavam em executores de tarefas pré-definidas.
O Taylorismo consiste ainda na dissociação doprocesso de trabalho nas especialidades dos trabalhadores, ou seja, o processo de trabalho deve ser independente do ofício, da tradição e do conhecimento dos trabalhadores, mas inteiramente dependente das políticasregidas. Taylor separa a concepção (cérebro, patrão) da execução (mãos, operário). Nega ao trabalhador qualquer manifestação criativa ou participação. Para tudo isso é fundamental a hierarquia e a disciplina. Isto foi o que predominou na grande indústria capitalista ao longo do século XX, e é um modelo que ainda está bem vivo em algumas organizações, apesar de todas as inovações. A crise deste modelo surgiu em grande parte pela resistência crescente dos trabalhadores ao sistema de trabalho emcadeia, à monotonia e à alienação do trabalho super fragmentado.



http://www.youtube.com/watch?v=8-UiCnxARJY

terça-feira, 24 de março de 2009

Roy Lichtenstein


"Devo à banda desenhada os elementos do meu estilo, mas não os temas."

Os meios pictóricos e os conteúdos da banda desenhada comercial resultam da sua função, que visa generalizar e trivializar as emoções, os actos, os seres humanos e as coisas, de maneira a fazê-las corresponder a uma concepção popular.
Nesta forma de representação, a linguagem em imagens e os caracteres tipográficos, a repartição do texto e da imagem em planos sucessivos, têm algo da insistência da linguagem publicitária, por exemplo, na indústria de embalagens ou no cartaz publicitário. Os mecanismos para "pôr em imagem" ajudaram Lichtenstein a transformar ambientes calculados, pré-formulados, para exprimir o impacto da realidade. É assim que ele segue de perto imagens estereotipadas da realidade, tal como lhe são apresentadas pela sua época, conservando uma distância artística em relação às coisas e a si mesmo!
Tendo como principais pontos de partida, os quadros de Cézanne, Fernand Léger, Claude Monet, Piet Mondrian e Picasso, este artista, que integrou a Pop Art com uma personalidade e atitude tão peculiares, tornou-se numa grande referência a par com nomes como Andy Warhold, Jasper Johns, Robert Rauschenberg, entre muitos outros.

"A pop art serve-se dos objectos vulgares do mundo do consumo, e esse material parece, em geral, estar despojado de qualquer forma de `sensibilidade´... É esse tipo de anti-sensibilidade e de forma conceptual da obra que me interessa e que constitui a minha principal matéria."

Jackson Pollock



Hoje na aula de narrativa visual, tive oportunidade de ver um documentário sobre Jackson Pollock, conhecia a maioria das suas obras nomeadamente aquelas que pertenceram á ultima técnica utilizada pelo artista (Action Painting), mas desconhecia por completo o seu percurso enquanto artista e enquanto pessoa. O pintor cresce mergulhado de sentimentos de medo, baixa auto-estima, instabilidade e muito dependente do álcool. Foi essencialmente na década de 40 que Jackson Pollock deu o grande “salto” na sua carreira, abandonando a forma tradicional de pintar em cavaletes e passou a pintar as suas telas no chão. Desenvolve uma forma de pintar muito especifica “Action paiting” em que a característica principal consiste na particularidade de serem feitas directamente na tela, através de tinta que escorre dos pincéis, não havendo de forma alguma esboços. A forma abstracta das suas obras, são construídas á medida que vão sendo executadas. O resultado destas obras é simplesmente definido pela capacidade que o artista tem em combinar a simplicidade com a pintura espontânea. Uma apreciação acerca de qualquer uma das suas obras, remete-nos para um resultado visual denso, cheio de escorridos policromáticos que ao mesmo tempo acabam por definir tramagens lineares complexas. No fundo, trata-se de uma pintura que assume o conceito surrealista de automatismo psíquico, ou seja o jogo directo entre o inconsciente e o gesto criativo.

Na década de 50, a produção artística do pintor entrou em declínio, onde mais tarde, acabou por morrer precocemente aos 44 anos, num acidente de automóvel devido ao seu forte estado de embriaguez. Embora tendo uma vida complicada, Jackson Pollock obteve o reconhecimento que sempre quis e hoje em dia é reconhecido como um dos maiores pintores modernos.

sábado, 21 de março de 2009

Design [IADE], um modo diferente de ser e estar na cultura!

O que é o Design?
Esta pergunta já nos fez passar uma grande vergonha...
No momento em que decidimos, aos 17-18 anos o nosso futuro e o que vamos fazer da vida,o processo não fica lá muito explicito e o resultado dessa escolha muito menos!
No segundo ano de licenciatura em Design, sim em Design, foi-nos perguntado o que é o Design?
A resposta não surgiu.
Também nos interrogaram sobre quais os Designers que mais gostávamos.
Esta então....sem sucesso!
No entanto, a partir daí a nossa ideia começou a formar-se e agora sabemos o que é PARA NÓS o Design!
Não sei explicar...é um bocadinho confuso..só um bocadinho.
Mas sei dizer que me divirto imenso com isto, que é realmente o que quero da Vida e que ainda bem que aos 18 anos me passou esta ideia pela cabeça.

André Carrilho

Designer, ilustrador, animador, cartoonista e caricaturista é um dos principais caricaturistas portugueses que mais gosto e um dos poucos que conseguiu chegar às mais importantes publicações do Mundo.
Desde 1992 que trabalha e colabora com alguns dos mais importantes títulos da imprensa portuguesa como o Público. Conquistou vários prémios internacionais, entre os quais, em 2002,"Gold Award" para o portfólio de ilustração, pela Society for News Design, sendo o 1º português a receber aquele que é um dos mais prestigiados prémios para a ilustração da imprensa. Acerca do seu trabalho, o designer tem a particularidade de transpor para a caricatura uma capacidade invulgar de selecção de síntese, conseguindo um excelente processo criativo, pleno de sentimentos em relação ás pessoas que retrata de forma tão sublime.
André Carrilho através das suas "personagens", abre o silêncio sobre as coisas do Mundo, da sociedade, revelando-as através do riso do público.

O seu talento já cruzou fronteiras no mundo artístico e continuará não só a ser reconhecido a nível nacional como internacional, tal como, a servir de referência a novas gerações.